Não existe falta de comunicação
- Eduardo Cupaiolo

- 3 de abr. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 14 de jul. de 2023

Dizer que não dizer nada é não comunicar é um gigantesco e perigoso engano.
Não nos comunicamos apenas com palavras. A ausência delas também comunica.
Nossa presença e nossa ausência, e por quanto tempo estivemos presentes ou ausentes, também.
Nossos gestos, nossas expressões faciais, um suspiro, um resmungo, uma piscadela de olho (spoiler alert: I, Robot), a forma como sentamos, cruzamos nossos braços, e, sim, até nosso silêncio comunica.
E às vezes, comunica mais e mais profundamente do que nossas palavras.
Assim é numa organização quando não comunicamos explicitamente algo aos nossos colaboradores.
Nosso silêncio está claramente dizendo que,
ou o assunto não tem importância,
ou o assunto é importante, mas eles não devem dar importância a ele,
ou o assunto é importante, mas não nos importamos em informá-los a respeito.
Muito sério, isto, não acham?
E em todos esses casos o que fazemos é alimentar as versões que vão circular informal – e poderosamente – nos corredores e nas trocas de mensagens instantâneas.
- Ficou sabendo...?
- Do quê?
- Parece que, estão mesmo pensando em fazer aquilo...
- Quem te contou?
- ...ouvi alguém comentando...
- Não brinca, sério? ...bora atualizar meu CV.
Por isto, é tão importante comunicar, comunicar, comunicar, mas também, saber como.
Afinal, se não existe falta de comunicação, existe a ineficaz, a que não atinge seus objetivos, a imprecisa que não contém a informação correta e a imprópria que erra no conteúdo ou na forma, no momento ou no local em que é feita, por quem ou para quem é feita.




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