Não há uma forma certa de resolver o problema errado.
- Eduardo Cupaiolo
- 16 de mar. de 2023
- 2 min de leitura

Quando estamos no fundo do poço parece que uma boa coisa a fazer é parar da cavar, até porque parece que na maioria das vezes (ou seriam todas?) a saída do poço fica em outra direção.
Parece também, bem oportuno, não começarmos a cavar mais rapidamente, com mais força ou pedir mais gente para cavar conosco. Afinal só estaríamos aumentando a profundidade e o tamanho do buraco.
Pois é, eu sei, parece engraçado, mas não são poucos os que insistem em cavar em buraco sem fundo e na ideia de que esforço, tempo e mais emais recursos vão... um dia... resolver o problema.
- Guenta aí... só mais uma vezinha... agora vai !!!
E assim se vão horas e dias, semanas e meses, e muita energia e muito dinheiro pelo ralo.
Outra prática bem comum ao enfrentar problemas é dar tiro para todo lado.
Um pouco de esforço aqui, metade da equipe ali, eu tento por aqui e vamos ver quem acha primeiro a solução.
E por falar nela - na solução - uma boa ideia é pensarmos em 2 triângulos.

O primeiro com um dos vértices para cima. Um ponto apenas, lá em cima, representando o pouco tempo e o esforço para entender a situação e eleger o problema. Um ponto. Um minuto, um instante... e bora correr para a solução.
- Gente temos um problema!
E dessa pequena frase sai uma sequência de tentativas frustradas uma atrás da outra, uma infinidade de outros problemas (representados pelo ângulo aberto na base do triângulo) para, quem sabe, acertar no alvo.
Caso exista um alvo.
Agora pensemos em outro triângulo, agora virado para baixo, concentrando foco em um ponto: a solução.

Em cima, no ângulo aberto, o tempo e os esforços iniciais – sabiamente maiores – para ler os sintomas, entender a situação, determinar inclusive (ah! ha!) se existe de fato um problema, se sim, quais as alternativas de solução, entre elas a mais apropriada, quem a implementará, em quanto tempo, a que custo, sendo assim possível colocar os esforços (e provavelmente menores do que na opção anterior) concentrados como um feixe de luz naquele específico ponto no vértice inferior.
Comprometimento, disposição, diligência, prontidão, dedicação são ótimos elementos para termos em nossas equipes, mas eles não podem substituir a sabedoria de primeiro organizar a forma de tratar – o que pode, ou não, ser - um problema, muito antes de começar a resolvê-lo.
Diz aí, quando vezes viu um monte de esforço sendo gasto no problema errado ou na forma errada de tratar o problema certo...
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Sou Eduardo Cupaiolo penso e repenso o lado humano nas organizações. Quem saber mais sobre cultura organizacional e como lidar com seus desafios, conheça A Jornada do Líder.
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